quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sem jeito mandou lembrança

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Dias atrás fomos todas à casa de Bárbara para assistir filminho. Assistimos ao Julie e Julia e, ao final, ficamos todas com vontade de aprender a cozinhar.

Somos verdadeiros desastres gastronômicos. A única que sobrevive é Bárbara. Júlia, que como nós, mal sabia fritar um ovo, tornou-se referência em gastronomia na França. E a história foi real! Logo, se ela conseguiu, porque eu não posso, ao menos, aprender a cozinhar? Não penso em me tornar chefe de cozinha, mas, pelo menos, aprender fazer um arrozinho soltinho, ah, isso eu bem queria.

Saí da casa de Bárbara decidida a aprender. Para seguir com o meu projeto comecei gravando um vídeo para o programa "Que Maravilha!", de Claude Troisgros, no canal GNT. Claude é um chefe de cozinha que vai até a sua casa te ensinar a cozinhar, caso seu vídeo seja selecionado. O meu tá gravado, mas não tive coragem de mandar ainda.

Outro dia senti vontade de tomar sopa de legumes. Nada daquelas sopas de saquinho. Queria aquela que minha mãe fazia quando eu era criança. Resolvi então me aventurar. Fui ao mercado e comprei batata, cenoura, cheiro verde, cebola, pimentão, caldo knor (queria o maggi - o caldo nobre da galinha azul - alguém se lembra desse?) e peito de frango (minha mãe fazia com carne, mas eu sempre preferi frango). O macarrão e o resto dos ingredientes eu tinha em casa. Aliás, macarrão é o que não falta na minha casa. É que é a única coisa que eu sei fazer, além de ovos mexidos.

Para complementar a sopa, acrescentei tomate seco (não vivo sem tomate seco - depois coloco aqui a receita de uma pasta que eu inventei com tomate seco, para comer com pão) e manjericão (também não vivo sem manjericão). Acreditem: ficou uma delícia!

A cozinha, como sempre, ficou de cabeça para baixo (um dia eu aprendo a ser organizada. Mas, antes, quero aprender a cozinhar).

Sopinha pronta, hora de guardar as coisas para, enfim, poder saboreá-la. Tomate seco na geladeira, pacote de macarrão no armário e, de repente, o pote de sal escorrega da minha mão. Voou sal para tudo quanto é lado (pelo menos a panela da sopa estava tampada). Tinha sal até no meu cabelo. Ainda bem que no dia seguinte era exatamente o dia da faxineira.

Lá vai Érika pro banho. Não ia tomar sopa toda suja de sal. E o banho era de água fria (até hoje não consegui arrumar um homem pra arrumar meu chuveiro).

Banho tomado, hora da tão sonhada sopa. A novela estava começando. Coloquei a sopa no prato e tomei todinha enquanto via a novela. Chorei horrores vendo Miguel e Luciana, em lua de mel, em Paris, mesmo sabendo que tudo aquilo não passava de um fundo azul. Logo eu que não sou disso (carência é uma desgraça). Um dia hei de encontrar o meu Miguel (mas vou pedir que a nossa lua de mel seja na Disney).

Quanto à cozinha, a faxineira cuidou de limpar tudo no dia seguinte.

Postado por Érika

Um comentário:

Atitude: substantivo feminino. disse...

A-do-ro cozinhar! Sem obrigação, é claro. Adoro inventar pratinho. Menina...sopa é muito fácil... ( sou assim - igual comida china, tudo junto, picado e misturado e no final dá certo!)
O lance é ir fazendo e lavando...tranquilo!
Huummm tô com fome.

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