domingo, 18 de março de 2012

A pegadora da repartição

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Se aquela série As Brasileiras fosse adaptada para retratar as mulheres do serviço público, eu seria "a pegadora da repartição". Algumas pessoas perguntariam se isso é bonito. Pode até não ser, mas feio também não é. Nem ruim. Fazer o quê, se a carne é fraca e a maior parte do tempo eu passo lá dentro? O primeiro foi lá pelos idos de 2005, quando ingressei no serviço público, em Brasília. Estávamos na sala de espera do serviço médico, para os exames de admissão. Foi lá que o vi pela primeira vez. Foi um dos homens mais bonitos que eu já fiquei. Ficamos juntos até eu passar em um concurso melhor e ir embora do Distrito Federal, para onde não pretendo voltar nunca mais.

No Rio foram um, dois, três, quatro. Confesso que o número quatro me fez um estrago emocional quase irreparável, que só foi superado graças ao número um da Bahia. Aqui, já fiquei com dois e, depois de já ter dado tchau ao segundo, já tenho um terceiro à vista. Afinal, a fila precisa andar.

Esse terceiro eu conheci há uma semana. Almofadinha demais. Sabe aqueles caras que, de tão engomadinhos, não têm um fio de cabelo fora do lugar? É ele. Como diria uma amiga minha, "meu pau nunca subiu para homens assim". Mas como tudo tem a primeira vez, este conseguiu me deixar desconsertada e meu "pau" subiu na primeira vez em que ele surgiu na minha frente. Sua presença me deixa nervosa, a ponto de a minha voz ficar presa e eu não conseguir emitir um som sequer. O número dois tinha esse mesmo poder sobre mim, mas ele é o tipo pelo qual eu costumo me interessar. O número três não. Eu nunca me interessaria por um cara que tem como um dos filmes favoritos "as mães de Chico Xavier". Além disso, ele tem cara de quem assiste UFC e eu detesto UFC.

Para dar início ao processo de conquista, resolvi voltar a cozinhar. Não, não vou convidá-lo para jantar nem almoçar aqui em casa, nem pretendo prendê-lo pelo estômago. Eu descobri que todos os dias ele almoça no refeitório do trabalho, sempre no mesmo horário e, por isso, resolvi almoçar lá também, todos os dias, no mesmo horário que ele e, como ele, levar meu almoço de casa, já que lá não tem restaurante por perto. O problema vai ser encarar minha comida todos os dias. Espero ser recompensada pelo sacrifício.

E antes que alguém me venha com pedras e moralismos, já vou avisando que não dou ao desfrute nas dependências da repartição. O alvo eu escolho lá dentro, por conveniência e oportunidade, mas só deixo para acertar do lado de fora, de preferência bem longe de lá, que é para os outros possíveis candidatos não ficarem sabendo.


7 comentários:

Anônimo disse...

"Distrito Federal, para onde não pretendo voltar nunca mais." Por que, amada? Era tão ruim assim lá?

O Clube das Calcinhas disse...

Não era ruim, mas também não era bom. O lado de cá é bem melhor!

O Clube das Calcinhas disse...

Na verdade, era mais ruim do que bom. Gosto de lá não. Nunca gostei.

Mile disse...

Amei! Apoiado. É uma otima oportunidade para vc gostar de UFC. Eu adoooro.

Penny Lane disse...

Menina, adorei o post.Dei altas risadas aqui .como assim um cara que tem como filme preferido " As mães de Chico Xavier"? acho que estou sendo preconceituosa, mas enfim...achei muito bizarro rsrsrsrs

bjs

Rafaela disse...

Um post por mês. Dá pra ser, meninas? Vocês são maravilhosas, precisamos de mais textos! ;D

O Clube das Calcinhas disse...

Gente, ficamos muito felizes em saber que estão gostando dos nossos posts. Rafaela, estamos com nossos dias bastante atribulados. Fata temo até para peidar. kkkkkkk
Estou com uma historinha bem legal para contar aqui no blog. Vou tentar postar ainda nesta semana.
Beijo, Gabi.

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